-E
ai? Para qual curso você vai tentar o vestibular?
-Jornalismo!
:D
-Sério?
Você tem certeza disso? Já te contaram que não precisa mais de
diploma?
-Mas...
-E
o salário? Nossa, você vai morrer de fome!
-Acho
que...
-Eu
acho melhor você repensar a sua escolha. Eu li na Veja que as
profissões em expansão são engenharia, medicina, direito... Aliás,
por que você não faz direito?
-Porque
eu não gosto e...
-Você
pode fazer concurso público! Imagine: Salário estável, férias,
licenças, plano de saúde...
Quem
nunca teve esta conversa que atire a primeira pedra.
Eu
já tive o diálogo acima com meus pais, com vizinhos, com a família
de amigos, com professores e, até, com pessoas aleatórias na
balada. Mas nenhum deles me fez desistir.
Neste
primeiro semestre, percebi os empecilhos da desvalorização do
jornalismo mas que, ao mesmo tempo, a paixão de quem exerce a
profissão os supera. Seja no impresso, na tv ou no rádio, vejo um
amor incondicional para com a transmissão de notícias, mesmo com
tantos problemas salariais, por exemplo.
E
é isso que eu espero para minha vida: paixão. Não apenas uma conta
bancária recheada ou uma casa na praia. Quero ter uma profissão que
garanta inspiração diária para acordar de manhã. Ou de
madrugada, para cobrir uma notícia.
Sim,
é um exagero romântico. Mas se eu não acreditasse nisso, os
argumentos citados seriam um obstáculo.
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