terça-feira, 30 de abril de 2013

Sweet Home

Muitos falam sobre como CACOS já virou nossa segunda casa. Mas porque isso? Não se parece com uma casa aconchegante. Os sofás estão estragados, o chão esta sempre sujo, o cheiro da cerveja da semana passada impregna o ar e montes de latinhas se acumulam em todos os cantos.
Como isso seria uma boa casa?
Talvez seja apenas pela mesa de pebolim, pelo carisma dos caras do bar ou simplesmente porque a Aline Moraes é uma atriz de primeiríssima grandeza.

A verdade é que cada Florestiano, que passa por aquela sala de poucas janelas, deixa um pedacinho da sua alma. Seja na mancha de vinho no chão, na inscrição na parede ou na placa do Woodstock roubada.
E quando um novo calouro, coloca os pés naquele azulejo preto e branco é recebido pela união das almas dos veteranos, trazendo um aconchego para o corpo, que se intensifica pelo som da música e das risadas, fazendo com que ele pense apenas em uma coisa: estou em casa.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eu não amo ler



E você também não, calouro.

Eu sempre fui aquele tipo de pessoa meio maluquinha que vive com a cara enterrada nos livros. Boas horas da minha infância e adolescência foram gastas com passeios por entre as estantes de bibliotecas e sebos, lugares que eu visitava para praticar uma série de rituais esquisitos: Sentir a textura do papel, tocar a lombada do livro com os dedos, ler a última página e imaginar como foi que a história se desenrolou até chegar naquele desfecho. Se me perguntassem qual a coisa que eu mais gostava de fazer na vida, eu diria: “Comer!”. E se me perguntassem qual era a segunda coisa que eu mais gostava de fazer na vida, eu diria “Ler”, sem hesitar.
  
Até que entrei na faculdade.

Não sei o que aconteceu. Talvez minha paixão pela leitura tenha se perdido entre as orelhas de “1984”, último livro que li, ou esteja só embolada no meio da bagunça do meu armário (é bem provável), mas o fato é que ela se foi. Descobri isso na primeira vez que voltei para casa com minha pasta de plástico cheia de cópias dos textos de História Contemporânea. Naquela fatídica tarde, eu estava determinada a ler todas as folhas, linha por linha. Juro que estava. Porém, havia coisas mais importantes a ser feitas, como arranjar uns trocados para comprar o moletom da Atlética (em minha defesa: Ele é lindo!) e estudar o melhor caminho para chegar ao RU (Tanto faz. O Cabral é um grande labirinto e todos os caminhos levam á Terra Prometida, onde há comida barata e... Bom, o que pode ser melhor do que comida barata?). Não sou mulher de deixar coisas importantes como essas para depois. E enquanto isso, novos textos eram colocados no xerox todo dia e a pilha crescia como tinha que ser.

Ninguém fica parado enquanto uma montanha de textos com a espessura da Bíblia se ergue diante de seus olhos. E aí vem a pior parte: Eu tentei ler. Realmente tentei. E a coisa até fluía no primeiro parágrafo, ou até na primeira página. Porém, em meio á conceitos de revolução e nacionalismo, outras coisas ocupavam minha mente: A lembrança de uma derrota no pebolim do Cacos (eu sempre perco) ou alguma frase idiota que eu soltei dentro do Intercampi; A memória de algum videoclipe do Anthony Mandler (amo esse homem!) ou uma reflexão aprofundada sobre a series finale de Friends. No fim do dia, eu não tinha lido nada – ou tinha, mas tão apressadamente que era como se não tivesse nem passado os olhos pelo texto. Após semanas presa nesse círculo vicioso de ócio e preguiça, constatei que havia me tornado uma dessas pessoas que mal lê um encarte de ofertas de supermercado sem bocejar. Foi Hannah Arendt quem jogou a verdade na minha cara: Eu não amo ler.

Dias negros e difíceis vieram depois dessa constatação. Após muito choro e ranger de dentes, descobri que não estou tão mal quanto achei que estava: Ainda escrevo “ansioso” e “com certeza” corretamente. Outro dia, fui a uma livraria e ainda passei os dedos pelas lombadas coloridas dos livros e li uma última página ou duas. E mais: Estou até melhorando. Numa calma quase irritante, li 60 e poucas páginas do Chatô. Agora só faltam, sei lá, 600. É um progresso.

Quanto ao calhamaço de xerox... Não, eu ainda não li. E nem irei.

domingo, 28 de abril de 2013

A vida em trocados

Obs: Qualquer semelhança é mera coincidência. Ou não.

A gente sempre ouve aqueles comentários e piadinhas dizendo que todo universitário é pobre e coisas do gênero – especialmente em casos como o meu, por ter optado cursar jornalismo. Bem, tem tanto estereótipo por aí que eu imaginava que esse pudesse ser apenas mais um deles. Uma visão errônea e exagerada sobre os pobres universitários.
Mas aí eu entrei na Federal.

O primeiro contato não é tão brutal. O empobrecimento é um processo lento e certeiro, que vai se apoderando de você e te colocando em armadilhas monetárias com o decorrer das primeiras semanas. Os primeiros dias são regados à cerveja, alegria, aquele torpor característico das épocas de grandes novidades na nossa vida e, claro, a carteira ainda cheia. Nos primeiros dias você ainda olha para as moedas de cinco e dez centavos no seu bolso (provavelmente provenientes do troco do ônibus) com certo desprezo, e não hesita em sacrificá-las no tradicional ritual da “intera pra bera”.

Mas então acontece. Gradualmente. Fatalmente. A rotina de pegar dois ônibus (ao menos) todo dia, de almoçar no RU, de ajudar nas mil e uma “interas”, ir aos eventos do CACOS, comprar doce do Baiano, tirar xerox... Tudo isso começa a se transformar numa terrível equação. Uma equação que gruda na tua mente e te revisita toda vez que a sua carteira é aberta. Vejamos, dois ônibus dá R$ 5,70, mais R$ 1,30 do RU, já deu sete reais. Mas bem, você repete esse processo todo dia. Ok, multipliquemos isso por cinco. Já temos trinta e cinco pratas gastas somente com transporte e alimentação. Isso dá cento e quarenta reais por mês. Tudo isso contando apenas o básico, pois, se adicionar os demais gastos, o número dá uma aumentada considerável.

E assim chega o peso na consciência. Os convites rejeitados seguidos da justificativa “Eu tô sem grana, cara”, que transcende a verbalidade e – com o tempo – vira apenas uma troca de olhares. Agora as moedas miúdas na tua carteira parecem tão valiosas... Cada uma delas contadinha pra dar o valor exato pra comer no RU, pra comprar a paçoca campeã de vendas do Mestre Baiano, entre otras cositas más. As decisões que definem teu futuro chegam nessa época, sem que você nem perceba, em pensamentos corriqueiros e que podem ser assustadores quando para-se para analisa-los friamente... “Acho que hoje não vou almoçar pra ajudar na intera pra cerveja” “Ah, quem precisa desse texto?! Hoje eu vou almoçar” “Almoçar pra quê?! Eu preciso tirar xerox desse texto” e, quem sabe, uma das mais verdadeiras: “Quem precisa voltar pra casa?! Eu vou tomar mais uma cerveja”.

O que eu posso dizer... Mais bonito que sinos de igreja e passarinhos cantando numa manhã ensolarada de domingo, só mesmo o barulho dessas moedas (de cinco e dez centavos) dançando no meu bolso.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Longe de casa, há mais de uma semana...


A maior revolução para parte dos calouros, ao entrar na universidade, não é viver a experiência do ensino superior, mas sim a de morar sozinho ou dividir residência. A expectativa de alguns é que sua casa se torne o segundo Cacos da galera (não tenho tal expectativa porque uma única pessoa ocupa todo meu apartamento). E o que fazer, quando chegar em casa e não tem ninguém para conversar, ou internet para se comunicar? Você liga a TV para fingir que tem alguém perto. Minha primeira semana de aulas e “vida independente” foi, no mínimo, um choque de realidade: pegar uma gripe, passar os dias tomando chá e vendo todas as novelas possíveis por falta de opção.

Além dos sintomas forçados de velhice, o supermercado foi uma surpresa - cara, diga-se de passagem. Já viram o preço das coisas? E no final do mês começam a chegar contas, uma tijolada na cabeça (ou um Chatô, a dor deve ser a mesma) a cada envelope aberto. Aprender a andar de ônibus é uma arte: tem que estudar a porta com menos gente para conseguir pegar um lugar para sentar, senão é melhor separar as pernas para não beijar o chão.

Você começa a ser adepto do movimento “roupa desamassa no corpo” e comida de repente vira artigo de luxo, ou no mínimo exótico. O almoço, se não for no RU, vira em pipoca e Nescau: porque você tem que tomar o leite antes que vença (ou que não passe muito da data). O açúcar acabou, e agora? Começa a juntar – não roubar - pacotinhos de açúcar do McDonald’s, aplicando o mesmo método para sachês de ketchup e similares. Bate uma saudade da comida de casa, da mãe, da vó, ou de qualquer familiar.

E não é só pela comida que a saudade vem, mas de estar junto a eles. Não tem mãe ou pai para te buscar nas saídas, salvar das lagartixas e mariposas, conversar no café, almoço ou jantar, nem tem irmãos azucrinando sua vida – e acredite, faz falta. E o que eu posso dizer a quem não pode vê-los com muita frequência? São coisas que todo mundo passa, mais cedo ou mais tarde. A distância pode até ajudar no relacionamento familiar, se serve de consolo. Uma hora a gente tem que cair na real e nos virar sozinhos, isso é ser adulto. E entre vantagens e desvantagens, momentos felizes e outros nem tanto, nós caminhamos para frente. Mas afinal, o que na vida não é assim? A melhor solução é aproveitar o máximo e focar nas coisas boas (que são muitas) desta nova fase.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O Bonde



Embarcando em uma volúpia
Tortuosa atrás de uma rupia
Divagando sempre buscando aquilo que valha
Na eterna Valhala do vale

N'outro olhar vivencio o eterno
Esperar, esperar e cair naquele verno
Está devagar, observe aquela placa
Ops, virou, entende e lasca

Eminente o destino promete
Remetente o destino repete
Daquilo tudo uma lembrança sozinha?
Diferente é! E será outra, outro dia.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Vida acadêmica!


Queridos calouros, espero que tenham curtido muito seu tempo livre até agora, ficando à toa, navegando por horas na internet, ou lendo um livro qualquer. Meu post é simplesmente para prepará-los para essa terrível realidade, na qual vocês não terão mais esse tempo, a partir de agora, a vida de vocês será baseada em: livros e textos a serem lidos. Comecem desde já, se preparando psicologicamente para passar horas, dias e meses, enfim,  os próximos  4 (ou mais) anos da sua vida, literalmente com a cara nos livros (Chatô será um deles), textos e afins que os professores irão pedir. A primeira semana de aula será um mundo inteiramente novo e um tanto assustador para vocês, na medida em que forem conhecendo os professores,  irão perceber do que estou falando, sempre tem aquele com o qual você se identifica mais entre todos, mesmo que depois descubra que não vai ter aula com ele (poxa, Nicole) e, é claro, aqueles os quais vocês vão odiar (eu ainda não achei nenhum assim). Gostar muito de um professor não necessariamente significa que a sua matéria será mais fácil, até porque a quantidade de textos que eles vão passar para serem lidos para a próxima aula, fará vocês se questionarem sobre a afinidade com o tal professor.



Porém, como tudo na vida, vai ter o seu lado bom, toda essa chatice será recompensada por muita festa, vinhadas e reuniões no nosso amado Cacos, sempre regadas a muita bebida, diversão e ZUERA (não, não é zueira). Com o pouco tempo passado na Floresta, vocês já vão conhecer uma família linda recepcionando-os e acolhendo-os com muito amor e carinho (ovos e tinta também, mas só no primeiro dia <3). Então, abuse desse espírito universitário e, aproveite ao máximo o que será O MELHOR ANO DA SUA VIDA!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Expectativas

Nos primeiros dias, em nossas apresentações características, uma pergunta constante é "Quais são suas expectativas em relação à Universidade e ao curso?", a maioria absoluta responde que "são as melhores possíveis" embora essas palavras sejam exprimidas num tom de notável desconfiança, afinal no começo, sem conhecer muito, é difícil até mesmo saber o que esperar. Chegamos lá extremamente confusos e cheios de dúvidas. Então inicialmente esperamos ansiosos pelo início das aulas para que nossas ideias clareiem.

Passou aquela que deveria ser a primeira semana de aulas propriamente dita, com falhas de comunicação, e "falhas" de responsabilidade dos próprios coordenadores e até mesmo de professores. Contrariando nossas iniciais singelas expectativas, ficamos ainda mais confusos, e ainda sem saber o que esperar do curso, mas agora a dúvida estava aliada a um inevitável sentimento de decepção com o pensamento "Será que é assim mesmo? Sempre?".

No dia 15 estávamos todos muito animados, sedentos por aulas, por adquirir conhecimento, ansiosos para sentir o espírito de estar definitivmente em uma Universidade. Mas a semana foi passando, e frustrando nossos anseios acadêmicos - não com a faculdade em sí, afinal muitos compareceram ao Campus mesmo sabendo que não haveria aulas; nós já amamos a floresta (mais precisamente o Cacos e seus arredores) a ponto de inventarmos justificativas para termos que passar a manhã, senão o dia todo, naquele lugar, que já passou a ser nossa segunda casa.

Hoje, uma semana depois, já se viam rostos desanimados, com um leve receio, sem saber se realmente teríamos a manhã inteira com aulas como o previsto, mas ao mesmo tempo com esperanças de que a primeira semana realmente tenha sido algo totalmente inusitado, falhas que não costumam acontecer, e que de hoje em diante começaríamos a poder enxergar nosso futuro universitário.

Finalmente às 8h30 entramos nas salas de aula, na companhia de nossos professores, para termos 1h e 30min de aula. Às 10h30 (sim, temos 30min de recreio *-*) retornamos às salas para mais 1h e 30min sentados, ouvindo um professor à frente da turma, ministrar sua aula.

Expectativas? Agora afirmo com convicção que são as melhores possíveis!

A UFPR é falha, e muito, mas quando acerta... Colega, não tem pra ninguém!

sábado, 20 de abril de 2013

A internet e a imprensa tradicional

Hoje, o que vejo é um bando de jornalistas frenéticos, tirando fotografias e jogando frases no twitter pra dar o furo antes de todo mundo, no bom sentido. Você ai querido calouro, consegue imaginar um grupo hoje em dia capaz de tocar um Pasquim? Pois é, nem eu.  Entretanto, vejo um monte de ~jornalistas~ ansiosos pra postar notinhas nos grandes portais dando alguma manchete antes do jornal impresso ou até da TV.  

É fato que o bom jornalismo não anda bem das pernas. A internet vem acabando com a imprensa tradicional. É impossível lutar contra isso, pois o ponto forte da internet é a colaboração de todos e a velocidade com que a informação se propaga. Mas temos um problema: 80% dos blogs/sites são uma bela merda. E ainda: 40 dos 50 maiores blogs do Brasil são uma porcaria. São montagens, piadas retiradas do livro do Ari Toledo, comentários satirizando algo tendencioso.

O jornalismo tradicional precisa de fato se focar mais no conteúdo, assim como era antigamente feito com o saudoso e lindo jornalismo literário. Se isso acontecer, todo esse alcance colossal da internet não será ameaça. Imagine quantos blogueiros atualmente conseguiriam produzir matérias e textos relevantes, densos e opinativos? Bem menos do que os jornalistas já em atividade. Precisamos lutar pela volta do jornalismo de conteúdo, opinativo e literário; só ele pode salvar a imprensa. 

Muito mais pessoas procuram um conteúdo de qualidade, relevante e bem escrito do que rapidez nas notícias. Espero que vocês, futuros profissionais, prefiram gastar uma hora numa matéria do que dar 20 notas em meia hora, e saibam: o lugar dos senhores está guardado.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Portal do Aluno

Ok, depois desses textos maravilhosos e bem escritos fico até sem graça de fazer uma postagem aqui no blog, mas vamos lá.
Pra quem não sabe, a UFPR tem um Portal do Aluno (https://www.portaldoaluno.ufpr.br/), e é através dele que nós temos acesso a diversos recursos -como fazer as matrículas das disciplinas obrigatórias e optativas, consulta de notas. etc.
Para acessar o Portal é necessário ter o seu GRR (memorize-o, você vai precisar dele em vários procedimentos daqui pra frente!). Caso alguém ainda não saiba onde encontrar, ele está identificado na declaração de matrícula (aquele papelzinho que nós recebemos no dia da matrícula). A senha do Portal é a sua data de nascimento, sendo o ano representado por 4 dígitos ( dd/mm/aaaa).

A página inicial do Portal é essa:


Ao clicar em matrícula, você fica ciente das matérias que está matriculado. No primeiro período fomos matriculados nas disciplinas obrigatórias automaticamente, mas a partir do próximo semestre nós teremos que solicitar a matrícula de todas as disciplinas que devemos cursar! 

O link relatórios disponibiliza para consulta e impressão o comprovante de matrícula, a ficha cadastral do aluno, o histórico escolar simplificado sem crédito, a integralização curricular sem crédito e a solicitação de matrícula.

É possível consultar a grade horária no link horários. Outros aspectos relativos às disciplinas -como o docente responsável ou carga horária- podem ser consultados se você clicar no nome de uma determinada disciplina.


Os seus dados cadastrais também estão disponíveis no site. Caso haja qualquer alteração, eles podem (e devem) ser atualizados através do Portal.

Também há, na página inicial, um link destinado às notas. Ainda não dá pra dizer como funciona exatamente, já que nós estamos no 1º período, mas é bom saber da existência dele.

Acho que já deu pra ter uma ideia de como funciona o Portal e dos seus principais recursos. Espero que esse post  tenha ajudado!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Calouros 1.0

Primeiro dia de aula na UFPR. Uma quarta-feira, por causa de falhas na comunicação entre departamentos e professores (pouca ironia no fato de ser o Departamento de Comunicação). Para os jornais (como eu), aulas de Teoria do Jornalismo e Técnicas Básicas dos Meios Impressos. Meras apresentações, tanto dos professores como das turmas e das próprias disciplinas, mas tudo com o gostinho da UFPR. Para muitos, a palavra Jornalismo, assim como Publicidade ou Relações Públicas, pode significar muita coisa. Mas hoje é que elas começaram a ganhar uma forma definida, a virar o que estudamos e o que fazemos, e não o que queremos ser ou fazer da vida.

Durante as apresentações, repetimos como chegamos à Comunicação Social e por que a escolhemos. Muitas histórias, totalmente diferentes umas das outras, e uma paixão em comum. O que faria qualquer jornalista amar ficar ouvindo.

Além disso, é incrível como a pró-atividade (ou proatividade, cada vez que pesquiso acho uma regra gramatical diferente) começa a integrar o dia-a-dia. Deve ser algum tipo de espírito da Federal que toma conta das pessoas quando elas conhecem o campus. Em 10 dias de caloura fiz MUITO mais do que em 3 meses de férias!

Seja como for, "tendemos a idealizar uma vida enquanto ela não acontece", como hoje disse um professor. As idealizações sobre os cursos são estratosféricas, e com certeza haverá muitas decepções pelo caminho, mas a certeza de ler e escrever muito, de poder transitar diariamente entre os assuntos e de conhecer inúmeras pessoas e histórias ao longo do tempo fazem com que as expectativas sejam altas. Ainda mais estudando na UFPR, onde há a perspectiva e a necessidade de melhorar o curso a cada leva de calouros.
Por enquanto, tudo parece um sonho.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Welcome to the jungle!



Que responsa, hein? Acho que coube a mim a função de ser o guia do safári. Antes de mais nada, parabéns pra você que passou no vestibular de uma das melhores universidades do Brasil! Com muito esforço (ou não), você conseguiu um lugar nesse seleto grupo de 90 indivíduos que terão sua faculdade paga pelos pais de calouros pucquianos!

Mas, tá, e agora? Agora é aquela hora em que se misturam os sentimentos de terra arrasada (abraço Albano), 'meu mundo caiu' e 'agora o que é que eu faço?'. Como todo calouro, você será burro e ficará perdido por (pelo menos) um ano. Acreditem, falaremos aqui nesse blog com o mínimo de conhecimento de causa e 'calouro burro' é uma daquelas frases recorrentes, que geralmente vem precedida pelas palavras 'cala' e 'boca'.

Pra tentar diminuir essa sensação, vou listar algumas das coisas existentes na floresta e que serão melhor explicadas mais pra frente pelo calouro 2013 que se sentir a vontade.

  • CAMPUS: por mais estranho que pareça, ele não é de mentira. Ninguém que você pergunte saberá onde ele fica, mas ele está lá. Ah, e qualquer coisa de que você precisar você encontrará perto dele.
  • VETERANOS: sim, eles existem. E por mais que antes do trote eles não sejam tão amigáveis, vocês perceberão que a grande maioria é muito parceira e estão, sempre que possível, dispostos a ajudar você a encontrar o seu lugar na floresta. Eles prepararão uma semana do calouro muito foda pra vocês.
  • CACOS: É o centro acadêmico do campus. Pelo que os veteranos contaram e pelos poucos dias que já estivemos por lá, é possível falar que aquele lugar tem uma aura diferente e que se tornará uma segunda casa para todos os florestianos. Se quiser chegar bem, comece a treinar pebolim desde já. Ah, acho que ia esquecendo de uma coisinha: é nele que são realizadas as festas. 
  • BATERIA: o nome e a sigla dela são muito bem boladas e eu não quero estragar a postagem de quem for falar sobre ela, mas já adianto que todas as músicas são ótimas e que você ficará com vontade de ter todas elas decoradas em sua cabeça.

Ainda existem a Atlética, a Fábrica, que é uma empresa júnior, a Prattica, que é uma agência experimental, o Jornal Comunicação, uma sala de estudos que foi criada recentemente, os estúdios da UFPR TV, a parte do xerox (que já fomos avisados que gastaremos 98% da nossa grana lá) e algumas coisas aleatórias como o MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR). Ainda existe o RU do Agrárias, que apesar de não estar na floresta, será utilizado por vocês como uma extensão de nosso campus. 

Mas por hoje é só. Até o próximo tour pela floresta! ~Estaremos preparando pacotes direcionados e aprofundados para melhor atender a vontade de nosso leitor.~

*PS: Resolvi botar alguns links úteis e alguns inúteis no texto pra dar uma descontraída.
*DICA: Tem música da frase que você quiser na internet.

ERRATA:  Tinha colocado que a Prattica é uma empresa júnior quando na verdade ela é uma agência experimental. Além disso, errei o plural de empresa júnior, que agora sei que é ''empresas juniores''. Já está arrumado e muito obrigado por me corrigirem :). Momento Calouro Burro que espero que não volte a acontecer.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A linguagem dos calouros

O longa O Iluminado teria apresentado uma antecipação de uma nova linguagem - pela maneira como as imagens, os sons e as diversas referências foram trabalhadas pelo diretor Kubrick, segundo o autor do site mstrmnd.com

Essa nova linguagem seria o que vemos hoje na internet. Em O Iluminado, o principal artifício utilizado foi a sobreposição de ideias. Pois bem, quando lemos um texto, vemos um vídeo, um gif, abrimos aplicativos, usamos várias abas no navegador estamos fazendo o que o diretor fez no filme: sobrepondo ideias, passando e recebendo mais de uma informação de diversas maneiras. Nesse contexto, surge este blog, escrito apenas por calouros de comunicação social.

De forma sutil, a linguagem sofre alterações, sendo incorporada no cotidiano até que, por fim, torne-se parte do padrão
Todo estudante de comunicação social gosta de escrever. E o calouro, em especial, ainda desconhece a linguagem acadêmica e, por isso, apresenta uma escrita livre de influência do ambiente universitário. 

A intenção é que o blog seja passado de calouros para novos calouros a cada início de ano letivo e, com o passar do tempo, as mudanças na escrita e, consequentemente, na linguagem de cada geração se tornem evidentes. Por isso, vale inserir vídeos nos posts, gifs e qualquer outro elemento que facilite a comunicação.

Além disso, espera-se que haja uma melhora na escrita dos estudantes, ainda que seja priorizado o descompromisso com a linguagem acadêmica. Por último, fazer parte de um projeto que agregue grande parte de um grupo de noventa alunos pode ser extremamente positivo para  o senso de coletividade de todos, levando em conta que isso será essencial ao longo de quatro anos de curso numa universidade pública. =)