domingo, 4 de agosto de 2013

Cadeira de rodinhas

The Field Museum Library - CC

Já faz alguns meses que a cadeira de rodinhas que era usada aqui em casa quebrou. A solução provisória de pegar uma banqueta da mesa da cozinha acabou virando permanente. Isso porque o universo parece conspirar contra uma nova cadeira. 

Na primeira procura não encontramos nenhuma que satisfizesse nossas necessidades. Tudo bem, você deve pensar, mas é só uma cadeira. Acontece que o vendedor da primeira loja nos convenceu de que a gente tem que saber o quer: cor, textura da estrutura, tipo de estofamento etc. Enfim, uma série de especificações que me fez pensar que talvez fosse melhor fazer algum tipo de curso online sobre cadeiras para pode ir até a loja e adquirir a certa. Diante disso, e com o passar do tempo, esqueci da cadeira e me acostumei com a banquetinha.

Mas nos últimos dias eu tenho buscado por alternativas. Uma delas é ir na casa de amigos e, num determinado momento da conversa, pedir pra ver o Facebook para poder ficar na cadeira de rodinhas. Às vezes, eu também vou na Fábrica só pra poder ficar na cadeira, finjo que tenho um assunto aleatório pra tratar ou que simplesmente quero conversar com o pessoal de lá. Enquanto ouço um fabricante, fico rodando na cadeira e indo pra lá e pra cá.

Para mim, faz todo o sentido que a cadeira seja um simples indicativo de status social. Tendo a própria universidade como exemplo, os alunos utilizam uma cadeira comum, mas, indo pra os projetos de extensão, a cadeira é de rodinhas. Já os gabinetes tem cadeiras melhores ainda. Porém, dentre todas do campus, nenhuma supera a do chefe do departamento. Afinal, é sabido que tal cargo exige certa habilidade pra andar sentado e rodar sem sair do lugar. 

Pensando por esse lado de status social, acho que o certo é eu ficar com o banquinho mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário